Três socioeducandos da Unidade de Internação Norte visitaram esta semana o Theatro Carlos Gomes, em Vitória, e tiveram a oportunidade de conhecer todo o interior do espaço – desde as bilheterias, até os camarotes e o palco de apresentação dos atores. Esta foi a primeira vez que os adolescentes tiveram contato com o centro cultural, o mais antigo do Espírito Santo.
O Carlos Gomes abriu suas cortinas pela primeira vez em 1927. Localizado no Centro da Capital capixaba, sua inauguração vinha preencher a lacuna deixada pelo Teatro Melpômene, demolido após um incêndio.
Após a visita, os jovens também foram levados ao Shopping Vitória onde viram a diversidade de lojas e pessoas de várias idades, perfis e regiões. Ambos já estão na fase final do processo de ressocialização. A pedagoga Thamires da Vitória, que acompanhou os socioeducandos, comentou a saída pedagógica.
“Oportunizar a aprendizagem através da arte e cultura é algo muito rico. Através dessa oportunidade, neste caso a ida ao Theatro Carlos Gomes, eles tiveram contato com uma das mais variadas representações da cultura capixaba que, todos sabemos, é diversificada e atende aos mais distintos gostos”.
Theatro Carlos Gomes
Projetado pelo arquiteto italiano André Carloni, sua arquitetura de estilo neorrenascentista foi inspirada no Teatro Alla Scala, de Milão.
Administrado inicialmente pelo próprio André Carloni, a primeira peça encenada foi "Verde e Amarelo", de José do Patrocínio e Ruy Pavão, com a Companhia da Revista Tam-Tam.
Em 1929, foi arrendado por uma empresa particular, sendo utilizado apenas para exibição de filmes. As apresentações teatrais passam a ser esporádicas e somente na década de 50, voltaria a ser espaço de arte cênica. Entram em cena grandes companhias como as de Procópio Ferreira, Eva Tudor, Vicente Celestino e Flodoaldo Viana.
Em 1969, a apresentação da peça "Liberdade, Liberdade", com o ator Paulo Autran, marca o início do movimento pela restauração do teatro. As obras resgatam sua arquitetura original. É dessa época a instalação do lustre no centro do teto e a pintura da cúpula por Homero Massena, um dos pintores de maior renome no Estado.
Reinaugurado em 1970, o Theatro Carlos Gomes foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura - CEC em 1983, mantendo-se ativo na apresentação de peças e espetáculos de música e dança.
Com suas fachadas novamente restauradas em 2004, reafirma sua importância como monumento histórico e cultural capixaba. Aos 80 anos, no mesmo palco onde brilharam grandes nomes como Bibi Ferreira, Paulo Autran e Fernanda Montenegro, o Theatro Carlos Gomes continua valorizando e enriquecendo o cenário cultural do Espírito Santo. Um lugar para se celebrar a arte que merece ser aplaudido de pé.
(Fonte: Secretaria de Estado da Cultura - Secult)
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