Empolgados com a boa produtividade da horta cultivada na Unidade de Internação Metropolitana (Unimetro), os adolescentes que cumprem medida socioeducativa em Vila Velha criaram um novo método - inovador e empreendedor, para ampliar e fortalecer o trabalho desenvolvido. Desde o mês passado, já circula em Xuri a “Moeda Social”, cédula de valor simbólico utilizada para a venda de verduras e hortaliças que crescem no canteiro, mantido pelos próprios socioeducandos.
A moeda recebeu o nome de “Sol” e foi confeccionada pelos internos com o auxílio dos integrantes do Jornal Novo Viver. A denominação é inspirada em uma ilustração impressa nos livros de História utilizados em sala de aula por professores da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
A cédula funciona da seguinte forma: servidores ou familiares que quiserem levar para casa os produtos cultivados pelos meninos devem comprar a nota na portaria da Unidade. Cada uma vale R$ 0,50 e com ela o comprador pode adquirir os produtos, como acontece em uma típica feirinha livre.
Posteriormente, o internado responsável pela venda deve entregar o “Sol” a um dos agentes responsáveis no plantão, que o devolverá na portaria para ser reutilizado por mais pessoas. A transação possibilita a aquisição de couve, alface, quiabo, cenoura, pepino, pimentão, hortelã, abóbora, repolho e até melancia.
O socioeducando “C.R”, um dos incentivadores da moeda, explicou o que ele e os colegas pretendem fazer com o dinheiro arrecadado. “Em vez de pedir bola ou algum lanche para os familiares, nós podemos pedir ao pessoal daqui para comprar com o que conseguirmos juntar”.
E já pensando em períodos de alta oferta e baixa procura, o valor dos produtos também pode variar e até ser reduzido pela metade. Tudo para atrair clientes. A ação já vem proporcionando aos adolescentes da fase conclusiva noções básicas de venda e troca de itens diversos.
“Todo lucro obtido é direcionado à própria horta e a algum outro pedido dos meninos. É uma forma de motivar e valorizar o trabalho do adolescente e, sobretudo, recompor os gastos, dando continuidade ao projeto”, finaliza Roselito.
A intenção ainda é expandir o uso da moeda na granja da Unidade assim que ela for inaugurada. Inicialmente, pelo menos 20 galinhas devem ser tratadas no espaço e o objetivo é comercializar os ovos que as aves botarem.
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Texto: Geovana Chrystêllo