24/02/2011 13h40 - Atualizado em 01/07/2016 09h40

Adolescentes do Iases produzem novos trabalhos em oficina de Poemas Visuais

As adolescentes da Unidade Feminina de Internação (UFI), do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases), confeccionaram nesta quinta-feira (24), novas produções literárias na oficina pedagógica de “Poema Visual”, que mistura literatura e arte, com o objetivo de desenvolver, de uma forma lúdica, habilidades para a produção de textos.

Durante as atividades desta quinta-feira (24), foram escritos 10 poesias que utilizaram técnicas de rimas e sonetos. “As adolescentes adoram a oficina, pois através da arte elas conseguem se expressar com facilidade sobre sentimentos como o amor, a paz, a cidadania e a felicidade. Durante as aulas as meninas relacionam a arte e o texto de maneira simples e direta, confeccionando verdadeiras obras de arte. Uma adolescente, por exemplo, escolheu fazer um poema sobre a saudade”, disse a socieducadora Magna Lúcia Lopes, que ministra as aulas.

Os poemas produzidos nesta quinta (24) já estão expostos em um mural montado na entrada da Unidade, em Cariacica-Sede, e nesta sexta-feira (25), será realizado um concurso interno para a escolha dos três melhores textos.



“As três adolescentes que se destacarem serão premiadas com os acessórios e objetos que estão sendo confeccionados durante as oficinas de biscuits e bijuteria. A premiação é apenas uma forma de desenvolver a ‘competitividade’ sadia e a busca por produções que sejam feitas com amor, dedicação e paciência pelas meninas. O objetivo é estimular cada menina a introduzir a arte no estilo de vida”, disse Mirtes Basílio, subgerente pedagógica da UFI.

Confira um poema produzido por uma adolescente:

SAUDADES
Onde eu posso encontrar a paz que tanto procuro,
Onde posso apagar lembranças que me torturam,
Eu corro pra longe, mas sempre que olho para trás
Lá estou perto dos meus erros de novo.
Onde encontro um anjo que me abraça e me aquecerá do frio
De trás dessas grades que me congelam.
Será que minhas palavras serão ouvidas?
Ou serão rejeitadas como a maioria dos meus poemas?
Saudades de pessoas que vi muitas vezes
Saudades de pessoas que encontrei um momento
Saudades de um beijo de um amor
Saudades da minha mãe
Que Deus levou.
Saudades do mundo que vi poucas vezes...

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Texto: Éricka Almeida
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