Do lixo ao luxo. Esta é a proposta da psicóloga que atua na Unidade de Internação Provisória II (Unip II), Rochane Borba Carvalho, ao reutilizar materiais descartáveis para realizar oficinas de reciclagem com os jovens atendidos pelo local.

Chamado de Sustentabilidade, o projeto é desenvolvido como uma das atividades pedagógicas entre os adolescentes da Unidade. Através de conceitos de conscientização ambiental, o que iria ser descartado, ganha nova utilidade sob as mais diversas formas.
Folhas de jornal viram bolsas térmicas, marmitas de isopor viram flores que compõem quadros, miolos de rolos de papel higiênico transformam-se em porta-joias.

“Eu já trabalho com este projeto há um tempo nas comunidades carentes da Grande Vitória e o meu objetivo é desenvolver uma consciência ambiental nos adolescentes, implementando a cultura da prática de reciclar o lixo”, conta Rochane, que também é professora do Estado.
Além da aula prática, acontece também uma palestra em que as dúvidas podem ser sanadas e o trabalho é iniciado com sugestões de atividades para serem feitas com resíduos sólidos.
Apesar das sugestões, cada um é livre para colocar a criatividade em prática e criar o que quiser com os insumos, que são caixas de leite, jornal, papelão, rolo de papel higiênico e tampas de garrafa pet.

“Os adolescentes não faziam ideia do que era sustentabilidade, mas hoje alguns já conseguem entender que é reutilização. A atividade acontece às quintas-feiras na parte da tarde e já temos registro deste trabalho ser replicado nas casas deles. A proposta é que os agentes também participem do projeto futuramente”, almeja a psicóloga.

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