18/12/2025 15h51 - Atualizado em 18/12/2025 17h37

Socioeducandos do Iases participam de sessões de cinema para reflexões sobre Direitos Humanos

Sessões de cinema, diálogos e reflexões sobre Direitos Humanos. Foi assim que, ao longo do ano, 169 jovens que cumprem medidas socioeducativas no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) foram beneficiados com as ações do “Cineclube Papo Reto”, desenvolvidas em parceria com a Associação Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold) e apoio da Fundação Luterana de Diaconia (FLD).

 

Em 2025, foram realizadas 18 sessões de curtas-metragens para socioeducandos da Unidade de Internação Provisória I (Unip I); da Unidade de Internação Provisória II (Unip II); da Unidade de Internação Socioeducativa (Unis); do Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE); da Unidade de Internação Feminina (Ufi) e das Casas de Semiliberdade da Serra e de Vila Velha.

 

“Até o fim deste ano, ainda faltam mais quatro a serem realizadas. Nossa expectativa é que o número total de participantes chegue a 200 socioeducandos”, afirmou a coordenadora de ações e projetos da Associação Gold, Deborah Sabará.

 

Segundo o responsável pela Subgerência de Profissionalismo, Esporte, Cultura e Lazer (Suprec) do Iases, Rodrigo Ferreira dos Santos, a iniciativa contribui de forma significativa para o processo socioeducativo dos adolescentes. “A atividade é importante para contribuir na formação cidadão dos adolescentes, pois, além do aspecto cultural das exibições, também são realizados debates sobre temas de relevância social”, declarou.

 

Para Deborah Sabará, o impacto do Papo Reto vai muito além da tela. “O cineclube cria um ambiente em que os adolescentes se veem, se escutam e se reconhecem. É emocionante perceber quando um filme desperta memórias, provoca reflexões e inspira novas possibilidades”, afirmou.

O presidente da Gold, Diego Herzog, destacou que o projeto se tornou uma referência dentro das unidades socioeducativas. “É uma atividade que rompe rotinas, amplia repertórios e cria um espaço de diálogo muito qualificado. O cinema abre portas para conversas que nem sempre aparecem no cotidiano das unidades”, disse.

 

Texto: Fernanda Pontes

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