Onze adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Unidade de Internação Provisória I (Unip I) do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica, estão perto de concluir o curso “Gastronomia – Torta Doce e Salgada”, ofertado pelo programa Qualificar ES, do Governo do Estado. A formatura será realizada no dia 18 de dezembro, com entrega de certificados e presença das famílias – um momento simbólico de reconhecimento e incentivo.
Com carga horária de 60 horas, as aulas começaram em 1º de outubro e reuniram conteúdos teóricos e práticos, como higienização, organização da cozinha, métodos de preparo, panificação e noções de empreendedorismo. Mais do que técnicas, a capacitação abriu espaço para vivências que fortalecem a autoestima, o senso de responsabilidade e o olhar para o futuro.
A professora Edna Pereira Valim afirma que a experiência na unidade tem sido marcada pelo envolvimento dos jovens e destaca a evolução observada ao longo das aulas. Segundo ela, a etapa prática costuma gerar mais interesse, já que os adolescentes acompanham todo o processo das receitas. “Eles se dedicam muito quando veem o resultado do que produziram, mas sempre faço questão de destacar que a teoria é fundamental para quem deseja atuar na área”, afirmou.
Para o gerente da unidade, Thiago Fernandes Machado, o curso representa um avanço no processo socioeducativo. “A iniciativa contribui para o desenvolvimento pessoal, social e profissional dos adolescentes, fortalecendo o objetivo central da medida: promover autonomia, responsabilidade e oportunidades reais de reinserção social”, declarou.
Um dos participantes, de 19 anos, contou que seu primeiro contato com a cozinha foi por meio da avó, que preparava marmitas e salgados. Ele afirma que o curso ampliou sua compreensão sobre técnicas e organização. “O que mais gostei foi aprender os cálculos de quantidade e medidas. Já tinha contato com a cozinha, mas aqui tudo é mais estruturado e profissional, o que faz diferença no resultado final”, disse.
Ao falar sobre a aplicação do que aprendeu, o socioeducando explicou que pretende usar o conhecimento para apoiar a família e, futuramente, transformá-lo em oportunidade. “Quero usar o que aprendi para cozinhar melhor para minha família e, quem sabe, no futuro, transformar isso também em uma fonte de renda”, afirmou.
Texto: Rafaela Salvador
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