A horta da Unidade de Internação Metropolitana (Unimetro) é um projeto consolidado. Mas, com inovação, a Unidade ampliou e iniciou o plantio de ora-pro-nóbis, uma hortaliça que também está sendo conhecida como “carne verde” ou “carne vegetal”, devido ao seu elevado teor de proteína e minerais, especialmente cálcio e ferro.
A ação é fruto de uma parceria entre o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) e a Secretaria de Agricultura de Viana, por meio do projeto “Cultiva Viana”. As primeiras mudas foram plantadas na última terça-feira (15). A ação conta com o apoio técnico do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus de Vila Velha.
Para a ampliação da horta foram doadas mil mudas de café para plantio na área externa, mil mudas de ora-pro-nóbis e doação de compostagem. Além disso, a horta contará com viveiro para cultivo de mudas de ornamentais, criação de peixes ornamentais, de aquário e tilápias. Na Unimetro, a ação é coordenada pelos agentes socioeducativos Delceir do Amparo Santos, Jefferson Francisco dos Santos e Ronaldo Souza Silva.
Para a diretora socioeducativa do Iases, Fabiana Malheiros, projetos como esses visam a dar oportunidades aos socioeducandos que estão na Fase Conclusiva do percurso formativo e em condições de participar da Monitoria da Horta. “A nossa participação nessa parceria será de ceder o espaço e a manutenção do local será feita por parte dos socioeducandos que cumprem medida socioeducativa na unidade. Parte da produção ficará para nós e o restante será enviado para a Secretaria, que por sua vez, encaminhará as mudas aos agricultores, parques e praças da cidade. Além de proporcionar um aprendizado de cultivo, o manejo com a terra, proporciona ao socioeducando aprimorar alguns valores como paciência, disciplina, organização e o próprio prazer de colher o que plantou”, explicou.
Já a Secretaria de Agricultura de Viana ficou responsável pela efetivação de viveiro e fornecimento dos insumos e as mudas a serem plantadas. “A importância do projeto é social e científica na medida em que oportuniza novos saberes aos adolescentes e, possibilita estudos para cultivo de novos alimentos com a ora-pro-nóbis. que pode inclusive criar condições de empreendedorismo para eles e familiares”, afirmou o gerente de Desenvolvimento Rural de Viana, Francisco de Assis Sizino.
O Ifes, por sua vez, dará suporte técnico ao cultivo de ora-pro-nóbis, além da promoção do empreendedorismo e inovação para inclusão produtiva articulada nos arranjos produtivos locais. “A introdução do campo experimental de ora-pro-nóbis em Unidade Socioeducativa no Espírito Santo é de extrema importância, para a introdução desta planta como um fomento de reinserção social, uma nova fonte nutricional e de renda para socioeducandos, familiares e cooperativas de agricultura familiar que irão se beneficiar com os dados e produtos gerados por meio desta parceria”, informou o professor do Ifes, Dr. Zanata Amorim.
Segundo o gerente da Unimetro, Ricardo da Costa, a meta é plantar mil mudas 1000 mudas da ora-pro-nóbis. “A intenção é cultivar e produzir seja na forma in natura ou processada (desidratada e moída) com objetivo de gerar novos processos educativos aos socioeducandos”, disse.
Sobre o projeto, Fabiana Malheiros esclarece que será celebrado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Iases, Prefeitura de Viana e Ifes para efetivação das ações.
Estiveram presentes também o secretário de Assistência Social de Viana, Glaydiston Silva Mendes; o secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Viana, César Albenes de Mendonça Cruz; a agrônoma da Prefeitura de Viana, Roberta Di Bragato e o professor Juliano Souza Ribeiro do Ifes.
Cultivo de Ora-pro-nóbis
Segundo pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ora-pro-nóbis é uma hortaliça não-convencional tem um uso tradicional significativo em algumas regiões do Brasil, sendo muito utilizada em pratos com carne e frango. Essa planta vem se tornando conhecida como “carne verde” ou “carne vegetal”. Apesar de elevada riqueza nutricional e paladar único, a espécie ainda é pouco utilizada e seu potencial alimentar é subexplorado.
Texto: Fernanda Pontes
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