16/02/2023 13h59 - Atualizado em 17/02/2023 22h02

Socioeducanda grávida descobre sexo do bebê acompanhada pelo pai da criança

A descoberta do sexo do bebê durante a gravidez é um dos momentos mais aguardados para os futuros papais, e para uma socioeducanda de 18 anos, não seria diferente.  Por isso, servidores da Unidade de Internação Feminina (UFI) organizaram a ultrassom que revelou o sexo da criança.  A futura mamãe estava acompanhada pelo pai da criança, que veio do interior do Estado para descobrir que seriam pais de uma linda menina. E para celebrar o momento, o casal ainda ganhou um ensaio fotográfico produzido com auxílio do fotógrafo voluntário, Carlos Alberto Barreto.

“Eu nunca vou esquecer do que vocês fizeram por nós. Faço questão de ter a foto de vocês no álbum da minha filha e quero que ela conheça e se orgulhe de toda a minha história e que seja uma mulher maravilhosa”, disse emocionada a jovem.

Além de receber todos os cuidados necessários em seu pré-natal, a jovem também tem recebido grande apoio da sua mãe e de seu companheiro. “Essa jovem faria todo o acompanhamento gestacional pelo Sistema Único de Saúde e acompanhada com uma servidora da Unidade. Mas, considerando o comprometimento dela com o cumprimento da medida socioeducativa, bem como o fato de já estar na fase intermediária de atendimento, a equipe entendeu que esse pai e essa a família deveriam acompanhar ainda mais de perto toda a gestação dessa jovem. Por isso, foi autorizado que o pai estivesse na ultrassom que revelou o sexo. E, embora residam no interior do Estado, eles participam ativamente do processo socioeducativo, comparecendo as visitas familiares na Unidade, e se mostrando disponíveis e participativos em todo o processo”, afirmou a gerente da UFI, Mayra Amado Barcelos de Oliveira. 

A ultrassom foi realizada no dia 05 de janeiro. A psicóloga Zeína Ravara, que faz parte da equipe da Ufi e acompanha todo o cas, ressaltou a importância do acompanhamento da família junto a socioeducanda gestante. “Foi um momento de grande emoção para todos os envolvidos e para toda a comunidade socioeducativa perceber a sintonia entre a família ao descobrirem juntos que o bebê é uma menina, além do comprometimento de ambos os pais com a gestação”, disse.

De acordo com a gerente da Unidade, a jovem descobriu a gravidez logo no início do cumprimento da medida socioeducativa e, desde então,  a equipe técnica vem trabalhando temas relacionados à saúde gestacional, maternidade, mercado de trabalho e manutenção de vínculos positivas familiares.

“Os dados de atendimento socioeducativo mostram que a realidade de adolescentes e jovens privadas de liberdade é, na grande maioria, de ausência da participação paterna no processo  socioeducativo.  É comum a inserção no sistema de adolescentes e jovens que não possuem, sequer, o registro paterno em seus documentos civis. Portanto, para o Instituto ter a presença paterna tanto na gestação quanto na criação do filho é muito importante, pois significa a valorização tanto da maternidade quanto da paternidade. Além disso, essa iniciativa busca preparar o ambiente e torná-lo o mais saudável possível para o retorno das socioeducandas ao convívio social, estimulando o comprometimento e a corresponsabilidade na criação do filho para a mãe e o pai”, destacou Mayra Amado Barcelos de Oliveira. 

Ela acrescenta ainda que, em razão disso, a comunidade socioeducativa da UFI tem se empenhado em proporcionar que a gestação e a preparação da família para a chegada da criança seja o mais positivo possível tanto para os diretamente envolvidos, quanto pela relevância social de estimular a criação de ambientes saudáveis para o desenvolvimento de crianças, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Sobre a jovem, ela tem o ensino médio completo e fez a prova do Exame Nacional de nível Médio (Enem) porque tem o sonho de fazer direito e se tornar uma juíza.

 

Texto: Fernanda Pontes

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