28/03/2019 17h28

Sedh encerra ciclo de rodas de conversa no mês da mulher

O ciclo de rodas de conversas que marcou o Mês da Mulher foi encerrado nessa quarta-feira (27). Os encontros aconteceram no auditório do Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (Ciase) e na Unidade Prisional de Bubu, em Cariacica. Ao longo do mês março, diversas atividades foram promovidas na Grande Vitória e no interior do Estado, levando informações sobre empoderamento feminino e enfrentamento à violência doméstica. As atividades foram coordenadas pela Subsecretaria de Estado de Políticas para Mulheres, da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEDH).

No início da conversa com as servidoras do Ciase, a representante do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher do Estado do Espírito Santo – CEDIMES, Eusabeth Ferreira convidou as participantes a fazerem uma roda, todas de mãos dadas, em alusão à importância da união entre as mulheres. “Nós precisamos nos amar. Estamos tão acostumadas a cuidar dos outros, mas e quanto a olhar para nós mesmas? Quantas de nós são amigas do espelho? Somente cuidando de nós mesmas poderemos cuidar melhor umas das outras”, refletiu.

O simbolismo do Dia Internacional da Mulher; as conquistas das mulheres nos últimos séculos, como o direito ao voto e à licença-maternidade; as mulheres que são símbolos do feminismo, dentre outros, foram alguns dos temas abordados durante o bate-papo.

Segundo a subsecretária de Políticas para Mulheres, Juliane Barroso, durante todo o mês de março a Sedh está interagindo com o máximo de mulheres que possível para promover esse debate e a conscientização. “Principalmente, naqueles locais onde é mais difícil chegar e onde temos mulheres precisando escutar sobre seus direitos, como nas penitenciárias e no próprio Instituto Socioeducativo, onde vocês trabalham. Às vezes, uma música ou uma poesia pode nos tocar e promover uma reflexão sobre as nossas conquistas e desafios enquanto mulheres. Espero que este seja o primeiro de muitos encontros”, disse

As servidoras compartilharam suas dificuldades enquanto mães, esposas, profissionais, donas de casa, e falaram sobre como é difícil equilibrar toda essa carga, no dia a dia. A psicóloga do Iases, Marina Francisqueto Bernabé, enfatizou a importância de haver esse tipo de debate entre as servidoras e também envolver os colegas homens.

“Dentro do nosso ambiente de trabalho há uma divisão de serviço de mulher e de serviço de homem. O lugar da mulher está definido até mesmo dentro das instituições e isso precisa ser revisto. Esse tipo de debate que está acontecendo hoje precisa envolver todo mundo, só que, muitas vezes, essas atividades sequer têm o status de trabalho. Não é visto como atividade técnica”, explicou.

Para a gerente do Ciase, Grasiela Fasolo, as mulheres precisam se apropriar de ferramentas para enfrentarem, juntas, as dificuldades que compartilham. “Iniciativas como esta, junto às servidoras, são importantes, pois nos dão ferramentas para nos fortalecermos e nos encorajam neste movimento em favor da liberdade da mulher. O machismo institucional está instalado, especialmente num ambiente como o nosso. Todos os dias, como mulher, exercendo um cargo de liderança, preciso provar a minha competência. Precisamos continuar essas discussões, precisamos marcar o nosso lugar”, afirmou.

Na parte da tarde foi a vez das internas da Unidade Prisional de Bubu, em Cariacica, participarem da roda de conversa. 


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