Adolescentes e servidores debateram sobre igualdade e respeito aos direitos da mulher.
Adolescentes e servidores do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) participaram, na última sexta-feira (06), de uma palestra sobre igualdade e respeito à mulher. A atividade aconteceu no Espaço Pedagógico do Instituto, em Cariacica, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, lembrado nesse domingo, dia 08 de março.
A palestra foi ministrada pela assistente social e especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social, Márcia Saldanha Moreira. A apresentação trouxe temas como machismo, feminicídio e violência de gênero.
Márcia Moreira destacou que a educação é o caminho mais eficiente para promover conscientização sobre os direitos da mulher entre os adolescentes. “Tendo consciência de que o público em cumprimento de medida socioeducativa é majoritariamente masculino, precisamos promover discussões acerca do tema”, disse.
A palestrante ressaltou a importância de ressignificar valores. “Esses jovens acabam reproduzindo o que vivem dentro de casa e em seu núcleo de convívio social, e é contra isso que temos que lutar. Nossa luta é pela desconstrução dessas ideias”, afirmou.
A especialista destacou ainda que o machismo é uma das raízes dos problemas relacionados ao feminicídio e aos diversos casos de agressão à mulher. “A consequência do machismo é a desqualificação feminina, e essa desqualificação está tão alta, que estamos morrendo”, destacou.
Para a subgerente de Espiritualização e Escolaridade do Iases, Frantieska Azevedo Monteiro, ouvir pessoas engajadas no assunto é fundamental para um trabalho eficiente de educação e conscientização. “Trazer uma assistente social, mulher, negra e que luta pelos direitos das mulheres para dentro desse espaço majoritariamente masculino é conscientizar os homens da importância de reconhecer, valorizar e respeitar todas as mulheres”, afirmou.
De acordo com a subgerente, também é papel da socioeducação estimular reflexões sobre questões sociais, promovendo mudança de comportamento. “A escola é o local ideal para fomentar esses debates”, pontuou.
Texto: Matheus Moraes
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