O projeto trabalhou com os adolescentes o combate ao racismo e debateu sobre os desafios históricos e atuais da população negra.

O Espaço Pedagógico do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica, promoveu, entre essa segunda (18) e quarta-feira (20), uma jornada de atividades em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra, lembrado no dia 20 de novembro.

O projeto trabalhou com os adolescentes o combate ao racismo, por meio da produção de pinturas, desenhos, cartazes e quadros que retratam a cultura africana e afro-brasileira, orientados pelos professores de Artes. O resultado do trabalho foi exposto no auditório do local.

Também foram realizados debates sobre os desafios históricos e atuais da população negra pela igualdade de direitos, com a exibição de músicas, documentários e do filme americano “Green Book”, que aborda a luta de um pianista negro em sua jornada de combate ao racismo no Sul dos Estados Unidos.  Uma peça de teatro também fez parte da programação de atividades. Intitulada “Um Pouco da História dos Escravos”, a encenação foi apresentada pelos adolescentes do 6º ano.

Nessa quarta-feira (20), o projeto foi finalizado com uma palestra sobre o tema “Novos Olhares”, que abordou questões como eugenia, combate ao racismo, racismo científico e institucional. O bate-papo foi ministrado pelos professores de História, Wagner Meira, e de Ciências, Maycon Costa.

Para Costa, o combate ao racismo precisa ser colocado em pauta na formação do adolescente. “A realização de palestras e debates visa a estimular o indivíduo a ter novos olhares sobre a história da África e a contribuição que o povo africano trouxe para o Brasil”, disse.

Na Unidade de Internação Sul (Unis Sul), em Cachoeiro de Itapemirim, o Dia Nacional da Consciência Negra também foi tema de uma programação semanal de atividades. Com o objetivo de promover reflexão sobre a igualdade racial e o respeito às diferenças, foram produzidos cartazes, painéis, além da leitura de contos e literaturas, a exibição de vídeos, documentários e a apresentação de roda de capoeira e samba. 

Para o subgerente da Unis Sul, Alessandro Mateus, "as atividades para lembrar o dia foram uma forma de refletir sobre a memória, a cultura e a história da população negra", disse.

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