Trigo, ovos e muita mão na massa. Esses ingredientes passaram a fazer parte da vida de 14 adolescentes de 15 a 17 anos participantes da Oficina de Produção de Macarrão Caseiro que está sendo oferecida na Casa de Semiliberdade da Serra desde o mês de fevereiro. No primeiro mês, os adolescentes produziram 50 quilos de macarrão, sendo que 20 quilos foram entregues para os adolescentes e suas famílias da Casa de Semiliberdade de Vila Velha na última sexta-feira (26).
" Essa oficina é, literalmente, deliciosa, e o envolvimento de todos é notório. Os adolescentes estão se qualificando profissionalmente de maneira que consigam gerar renda não só pra si, mas também pra suas famílias. Essa é a nossa missão, educar e profissionalizar. Ficamos muito felizes por ver que eles estão no caminnho certo", destacou o diretor- presidente do Iases, Fábio Modesto.
O restante do material foi entregue para os adolescentes que participam da oficina e para suas famílias e ainda foram distribuídos para a comunidade onde está localizada a Casa de Semiliberdade da Serra. A oficina faz parte do Projeto JuventudES Emergencial lançado pelo Instituto João XXIII em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (SEDH). Os projetos foram selecionados por meio de edital e estão sendo executados em municípios que fazem parte do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.
Para a coordenadora da unidade, Mariana Rezende, essa oficina permitiu uma aproximação maior com os adolescentes. " Eles chegam na unidade receosos e tímidos. Essa oficina permitiu que eles, aos poucos, fossem se abrindo e mostrando os inúmeros talentos que eles têm. É lindo de ver o capricho com que eles fazem o macarrão. A oficina além de profissionalizar também desperta as qualidades que eles têm e que, muitas vezes, ficam esquecidas. É gratificante fazer parte e poder acompanhar essa redescoberta deles", enfatizou.
“Todo o material foi custeado pelo Instituto João XXIII. A meta é produzir 100 quilos de macarrão caseiro”, disse a pedagoga responsável pela oficina, Káthia Koehler Schulze.
De acordo com a pedagoga, a instrução começou no período de férias dos adolescentes e eles produziam diariamente. “Com o retorno das atividades escolares, a oficina foi inserida nos horários reservados para as atividades profissionalizantes e são praticadas de duas a três vezes por semana. Porém, os socioeducandos pedem para que seja feita todos os dias. Isso nos alegra e mostra que resultado da oficina foi melhor do que o esperado”, revelou.
Durante a oficina, os adolescentes aprendem todo o processo de produção do macarrão, desde o manuseio dos ingredientes, operação de todo o maquinário até o embalo do produto. “No início da oficina, na parte da manhã, eles aprendiam o processo de produção e à tarde já colocavam a mão na massa. Atualmente, estão sendo produzidos os macarrões do tipo talharim e espaguete. Eles falam que o sabor do macarrão que eles produzem é diferente e nós acreditamos que essa ideia de pertencimento é uma das estratégias para a ressocialização”, afirmou Káthia Koehler Schulze.
Os projetos foram selecionados por meio de edital, que foi lançado pelo Instituto João XXIII em parceria com a SEDH. Todos são executados em municípios que fazem parte do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.
Texto: Fernanda Pontes
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