16/02/2022 15h06 - Atualizado em 16/02/2022 17h56

Socioeducandos participam de Roda de Conversa sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis

Informar e conscientizar também fazem parte do papel da socioeducação. Por isso, 90 socioeducandos da Unidade de Internação Norte (Unis Norte) participaram de uma roda de conversa para falar sobre o que são e quais são as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), a prevenção e o diagnóstico precoce dessas doenças. 

A ação foi realizada nos dias 09 e 10 de fevereiro, contou com a participação dos servidores da unidade e foi realizada pelo Núcleo de Atenção as Políticas de Saúde (Naps). “Muitos adolescentes não conhecem essa doença e nem as formas de contágio e sua gravidade, por isso, estamos trazendo estas informações, pois adolescência compreende um período de grande vulnerabilidade às Infecções Sexualmente Transmissíveis. Portanto, estamos proporcionando aos socioeducandos uma ampliação de seus conhecimentos”, contou o psicólogo do Naps e responsável pela roda de conversa, Renato Zintenfeld Cardia.

Um dos socioeducandos de 18 anos achou muito boa a palestra e disse que nunca tinha ouvido falar da sífilis. “Já conhecia esse HIV, mas essa doença sífilis é a primeira vez que escuto algo sobre. É ruim, pois a mulher quando pega pode passar para o bebê e é muito grave. Agora sei como me prevenir”, comenta.

Já o gerente da Unis Norte, Sérgio Durão, reforça a importância da conscientização nessa fase da vida dos socioeducandos. “O pensamento abstrato, ainda incipiente, faz com que os jovens se sintam invulneráveis e não tenham atitudes de autoproteção e acabam por expor-se a riscos sem prever suas consequências. A ação é de extrema importância com objetivo de adquirir o envolvimento e a participação dos Socioeducandos para trabalhar o conhecimento, a conscientização e as prevenções das Infecções sexualmente transmissíveis”, avaliou o gerente da unidade de Internação Unis Norte, Sérgio Antônio Durão de Almeida.

O psicólogo do Naps afirma ainda que muitos adolescentes iniciam a vida sexual quando ainda apresentam pouco conhecimento sobre as doenças, tendo uma visão equivocada sobre o risco de contraí-las. “Esse período é marcado por mudanças anatômicas, fisiológicas, psíquicas e sociais. Os conceitos de sexualidade e reprodução abordados, separadamente, nas ações de saúde, nas políticas de informação e de educação popular e no desenvolvimento de abordagens multissetoriais e interdisciplinares contribuem de maneira positiva e resolutiva para a solução dos problemas encontrados nesse campo da saúde”, destacou.

Na ocasião, os socioeducandos também tiveram a oportunidade de fazer testes rápidos (TRs) para Sífilis, HIV e Hepatite B e C, além de aferição de pressão arterial e teste rápido de glicose.

“Os testes rápidos são práticos e de fácil execução. Para isso, é coletada uma gota de sangue da ponta do dedo de cada socioeducando e, após 30 minutos, é foi possível saber o resultado. Nos casos de resultado positivo, uma amostra de sangue é coletada e encaminhada para realização de um teste laboratorial para conclusão do diagnóstico e início de um tratamento adequado. O tratamento melhora a qualidade de vida e diminui a transmissão dessas infecções”, explica a coordenadora do Naps, Laura Maria de Oliveira Feu.

 

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)

A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são: herpes genital; Cancro mole (cancroide);HPV;Doença Inflamatória Pélvica (DIP)Donovanose;Gonorreia e infecção por Clamídia;Linfogranuloma venéreo (LGV);Sífilis;Infecção pelo HTLVTricomoníase.

Texto: Fernanda Pontes com informações do Ministério da Saúde

 

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