Socioeducandos da Unidade de Internação Norte (Unis Norte) realizaram uma visita ao Museu de Biologia Professor Mello Leitão, em Santa Teresa. A visita pedagógica aconteceu, nessa terça-feira (23), e permitiu aos socioeducandos novas descobertas com contato com a natureza, conhecer diversas espécies de animais e ecossistemas que fazem parte do patrimônio natural do País, além de proporcionar a momentos de cultura, lazer e interação social.
O gerente da Unidade, Sérgio Durão, considera que as saídas pedagógicas são indispensáveis dentro do cumprimento da medida socioeducativa. “Além dos socioeducandos desenvolverem senso de responsabilidade e a inserção social, ampliam os conhecimentos pedagógicos e vivem momentos de interação na sociedade e lazer. O verdadeiro propósito da socioeducação é proporcionar atividades como essas para os socioeducandos e ofertar as oportunidades, para que eles possam posteriormente ser reinseridos na sociedade”, avaliou.
Entre os visitantes, estava um socioeducando de 18 anos. “Nunca tinha ido a um museu e pude aprender e vivenciar muitas experiências novas. Achei a cidade linda e os funcionários do museu muito atenciosos com a nossa presença. Fiquei admirado com o trabalho que eles fazem de preservação ambiental, que é muito importante para as próximas gerações terem a oportunidade de conhecer este lugar. Aproveitei muito a saída pedagógica e agradeço pela oportunidade”, relatou o jovem.
A visita foi guiada por uma das funcionárias do museu que contou aos presentes um breve histórico do Museu de Biologia Professor Mello Leitão e também sobre a biografia do professor de Biologia e fundador do museu, Augusto Rusch.
Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML)
Fundado em 26 de junho de 1949, na cidade de Santa Teresa, pelo naturalista Augusto Rusch, o Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML) é um museu público federal, subordinado ao Instituto Brasileiro de Museus, localizado na cidade de Santa Teresa, no interior do estado do Espírito Santo.
Ruschi foi responsável por identificar, registrar e catalogar centenas de espécies de animais e vegetais, sobretudo beija-flores - família de aves que o fascinava a ponto de ter se tornado um dos maiores especialistas mundiais no assunto.
O parque zoobotânico do Museu de Biologia Professor Mello Leitão é constituído por diversas espécies botânicas de ocorrência na Mata Atlântica, viveiros com diferentes animais e edificações históricas. Antes de abrigar o museu, a área de 80 hectares servia de moradia para a família Ruschi, adquirida pelo seu pai, José Ruschi, em 1911.
Algumas dessas árvores centenárias podem ser apreciadas, ainda hoje, no parque do museu em 5 de fevereiro de 2014, sendo incorporada à estrutura do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), especialmente criado para esse fim.
O naturalista teve ainda papel de destaque na criação de parques e reservas no Espírito Santo, no ativismo em prol da contenção do desmatamento e do alerta sobre o impacto ambiental causado pelas indústrias, sendo considerado um ícone da luta pela preservação do meio ambiente.
Texto: Fernanda Pontes
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