O livre exercício do culto religioso é um dos direitos individuais garantidos pela Constituição Federal, assim como é assegurada a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. Com objetivo de fomentar e estimular a habilidade de alguns servidores para ministrar oficinas que estimulem a espiritualidade, o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) promoveu a capacitação de 18 deles, entre agentes socioeducativos e técnicos de nível Superior das Unidades de Internação, Internação Provisória e Semiliberdade da Região Metropolitana.
O projeto “Viva, a vida é uma festa” visa a contribuir com reflexões junto aos socioeducandos para a ampliação da consciência espiritual e social dos sujeitos. Para tanto, no último dia 28, foi realizada uma oficina de 16 horas baseada no filme mexicano-que deu nome ao projeto. A animação aborda temas como a espiritualidade, a ancestralidade, o respeito a memória e as histórias das pessoas.
“O reconhecimento da saúde espiritual como uma das dimensões da saúde deve ser uma realidade a ser considerada de forma especial no contexto de privação da liberdade. As ações relativas à espiritualidade numa unidade socioeducativa devem possibilitar a formação de valores como a misericórdia, o perdão, a solidariedade, o amor, a tolerância, dentre outros. Dentro da opção individual da fé ou crença de cada adolescente, o fundamental é o resgate do amor próprio, do respeito ao outro e à vida. Acreditamos que esse projeto vai contribuir para o enriquecimento da jornada socioeducativa nas ações que envolvam a espiritualidade”, disse a diretora Socioeducativa, Fabiana Malheiros.
A subgerente de escolarização e espiritualidade e uma das idealizadoras do projeto, Frantieska Azevedo Monteiro, explicou a razão pela qual esse filme foi escolhido para a capacitação. “Essa animação aborda a cultura mexicana e alguns aspectos relevantes como o valor da vida, os sonhos, perdão, gerações familiares, respeito, dentre outros”, descreveu.
O projeto integra o eixo da espiritualidade e as oficinas buscam estimular o respeito e a tolerância religiosa. “Isso se dá por meio da diversidade de concepções e culturas em que é manifestada a espiritualidade, envolvendo as referências de espiritualidade e outros servidores da Unidade Socioeducativa no projeto como ação integradora”, relatou.
Ela conta que, após a oficina, o projeto será executado nas unidades com quatro horas de avaliação e adaptação do projeto inicial. “É o que está acontecendo desde o início desta semana. Algumas unidades da Grande Vitória já começaram a replicar os conhecimentos adquiridos nessa capacitação com foco nos socioeducandos. Agora em fevereiro, estão previstas mais duas turmas, sendo uma no norte e outra no sul”, pontuou.
A idealização do projeto “Viva, a vida é uma festa” também teve a participação das técnicas Daniele Bragança e Rejane Menezes.
Texto: Fernanda Pontes
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