25/06/2024 14h15 - Atualizado em 25/06/2024 15h10

Servidores do Iases ministram curso para policiais militares, oficiais do Exército Brasileiro e Guardas Civis de Cariacica

Agentes socioeducativos que atuam na Gerência de Segurança e Proteção à Pessoa (Gesp) do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) ministraram o curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático para policiais militares do Força Tática do 4º Batalhão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) em Vila Velha; para os oficiais do Exército Brasileiro e para a Guarda Civil de Cariacica.

Com carga horária de total 16 horas, o curso foi aplicado durante o estágio de qualificação profissional da Guarda Civil Municipal de Cariacica entre os dias 27 e 30 de maio, no Clube de Tiro Vila Velha e envolveu 26 agentes. Já nos dias 21 e 22, as aulas foram ministradas no Curso de Formação de Oficiais do Exército Brasileiro do 38° Batalhão de Infantaria com a participação de 20 alunos na sede do 38º BI. E no dia 13 de maio no Curso de Nivelamento de Força Tática da Polícia Militar com a participação de dois militares.  

“O curso foi destinado às forças de segurança proporcionando aos operadores de segurança pública prestarem os cuidados pré-hospitalares às vítimas até a chegada do socorro especializado”, afirmou o agente socioeducativo que atua na Gesp e é um dos instrutores, Dayvidson Da Silva.  

Ele explica que em inúmeras situações, as equipes de resgate convencional como Bombeiros Civil, Militar ou Samu, encontram limitações de atuação em ocorrências de crise tais como: conflitos armados ou risco de morte iminente para socorristas, e, por razões de segurança, os socorristas são mantidos a distância do local onde está acontecendo o fato.

“Isso é um fator complicador e impactante que gera resultado negativo no atendimento pré-hospitalar às vítimas de armas de fogo, armas brancas, improvisadas e armas menos letais. Por isso, o objetivo e desenvolvimento desse curso se resume em ações e procedimentos de gerenciamento de eventos envolvendo uma ou mais pessoas lesionadas, a fim de preservar a vida, utilizando ferramentas e protocolos criteriosamente adaptados às necessidades operacional”, esclareceu Da Silva.

O instrutor conta ainda que o APH tático urbano é diferente do APH convencional. “O APH tático urbano é um conjunto de diretrizes elaboradas para treinar e capacitar o time operacional a lidar com lesões importantes e tratar as causas de mortes evitáveis durante as operações policiais, visando aumentar a sobrevida do operador ferido ou de terceiros, evitando o agravamento, surgimento de novas lesões e óbitos. A base para o atendimento pré-hospitalar tático são os protocolos mais atualizados, proporcionando o desenvolvimento de um novo conceito de atendimento para o tratamento do trauma no campo tático”, explicou Da Silva, que é pós-graduando em Urgência e Emergência e é instrutor credenciado pela Polícia Federal, Marinha do Brasil e Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), além especialização em emergência realizado na Europa.

Entre as disciplinas do curso estão: Lesões traumáticas; Noções de anatomia e fisiologia humana; Emergências clínicas; Noções de Balística e suas consequências; Ferimentos com Arma de Fogo, armas brancas armas improvisadas; Controle de hemorragias; Curativos Oclusivos e Valvulados; Uso do Torniquete; Uso das Bandagens; Abordagem ao politraumatizado no ambiente de combate; Zonas de Atendimento e Evacuação de ferido em local de Alto Risco.

O curso também foi ministrado pelo gerente de Segurança à Pessoa do Iases, Idelberth Luigi Pereira de Lima e pelos agentes Guilherme Souto e Eduardo Louzada.

 

Texto: Fernanda Pontes

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