Como é a rotina de um adolescente em cumprimento de medida socioeducativa? Como o próprio jovem se vê nesse contexto? A resposta a estas e outras perguntas estão materializadas em uma exposição fotográfica intitulada “O olhar sobre a privação na ótica dos invisíveis”, construída com adolescentes acautelados na Unidade de Internação Provisória Norte (Unip Norte), do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases).
A abertura da exposição aconteceu, na quarta-feira (08), na unidade. Os responsáveis pelo projeto foram o psicólogo Renato Luchi Marassati, a assistente social Rosemary Grippa e o agente socioeducativo Vagner Simplício, todos servidores da unidade.
“Queremos a participação dos adolescentes em projetos que buscam promover o processo de reflexão e a discussão acerca da adolescência e suas interfaces para que eles almejem uma mudança de vida. Esta ação permitiu que a sociedade conheça o trabalho realizado com os jovens, proporcionando uma visão critica sobre as questões sociais e permitindo uma reflexão sobre quais seriam as ações que poderiam ser tomadas antes da aplicação da medida de internação”, avaliou a gerente da Unidade de Internação Provisória Norte (Unip Norte), Rita de Cássia dos Santos Cortez.
O objetivo do projeto foi intervir, questionar e problematizar, por meio de rodas de conversa, exibição de filmes, atividades pedagógicas e encontros, o olhar dos adolescentes e jovens acerca de sua privação de liberdade, utilizando o recurso fotográfico como ferramenta de discussão.
Após esta fase, os adolescentes participaram de um minicurso de fotografia com um estúdio fotográfico montado dentro a unidade. Neste momento, eles tiveram a oportunidade de conhecer um pouco sobre a história da fotografia, bem como os recursos utilizados.
Finalizando a produção do material, os jovens percorreram os espaços da unidade com a finalidade de registrar imagens sobre o olhar da privação que estavam vivenciando naquele momento.
“O próximo passo será levar a exposição para espaços comunitários, garantindo que a sociedade, principalmente as instituições que atuam com crianças e adolescentes, tenham novos olhares sobre o adolescente que cumpre medida socioeducativa, uma vez que somente quem passa por esta situação pode expressar esta experiência”, concluiu Renato.
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