Com o programa Cozinha Dentro, as refeições passam a ser produzidas nas próprias unidades

Na última sexta-feira (1), as Unidades Socioeducativas de Internação e Provisória da Regional Sul e o Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE), em Cariacica, do Instituto de Atendimento Socieoeducativo do Espírito Santo (Iases), foram contemplados com o projeto Cozinha Dentro, um novo formato de produção e fornecimento das refeições dentro das unidades.

Garantir a qualidade dos alimentos, zerar qualquer possibilidade de atrasos e possíveis problemas na produção das refeições foram os pontos mais pensados na elaboração e realização do Cozinha Dentro.

Para a diretora da Socioeducação, Fabiana Malheiros, a instalação das cozinhas no interior das unidades representa um grande avanço na execução da Socioeducação. Para ela, além de evitar possíveis problemas relacionados à qualidade ou à entrega das refeições, o projeto contribui na inserção dos adolescentes.

“Por meio de projetos pedagógicos e atividades profissionalizantes, os socioeducandos podem aprender ofícios relacionados à área de gastronomia, despertando uma vertente laboral na inclusão social deles. Por outro lado, temáticas como a gestão dos resíduos e reciclagem de materiais e nutrição saudável e consciente deverão ser trabalhadas com os adolescentes, educando-os para uma convivência social responsavelmente sustentável”, concluiu.

De acordo com gerente administrativa, Marcela Carvalho, que responde atualmente pela Diretoria Administrativa, o projeto era um clamor que o Instituto conseguiu atender.

“Iniciamos no dia 4 de janeiro na Regional Norte, na cozinha da Unidade de Internação (Unis Norte), que produz e entrega para a Provisória. Agora, implantamos no Sul, onde a Unidade de Internação (Unis Sul) também produz para a Provisória, e no CSE. Colocar nossas cozinhas e refeitórios para funcionar é realizar um sonho para todos nós e para os socioeducandos”, disse.

O Instituto possui contratos com empresas que produzem e transportam as refeições fornecidas para os adolescentes das unidades. Porém, conforme explica Marcela, por mais que exista um acompanhamento na forma e cuidado para a produção nos espaços das empresas, existe uma perda natural na qualidade dos alimentos quando são colocados na marmita para distribuição, seja em termos de temperatura ou até mesmo no transporte.

Já com a prática do Cozinha Dentro, a empresa que passou a atender o projeto entra com seus profissionais, alimentos e equipamentos nas cozinhas das unidades e ali mesmo já fornece a refeição, seja em self-service nos refeitórios ou em marmitas para os adolescentes em fase inicial do cumprimento da medida socioeducativa e que ainda não vão para os locais de refeições.

“Trazer a empresa para nós só possui aspectos positivos. Podemos acompanhar tudo de dentro das unidades. Além disso, reduz nossos custos”, concluiu.

Marcela comentou que o retorno dos socioeducandos tem sido muito positivo. O cardápio é mensal e elaborado pela equipe de nutrição da empresa. Depois, é avaliado e aprovado, com considerações - caso necessário - pelos nutricionistas do Instituto.

Ela informou ainda que, por enquanto, as Regionais Norte e Sul e o CSE foram contemplados porque possuem estruturas prontas para atender a demanda do projeto. Foram feitas apenas algumas adaptações.

“Mas gradativamente o Cozinha Dentro vai chegar às demais unidades. Já estamos trabalhando para isso”, finalizou.

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