10/07/2012 11h45 - Atualizado em 01/07/2016 11h00

Oficinas recreativas marcam início das férias de adolescentes na Unidade Feminina do Iases

Oficinas recreativas de pipas, de música, artesanato, cinema e “Beat Box” estão movimentando a jornada pedagógica e a primeira semana de férias das adolescentes da Unidade Feminina de Internação (UFI), do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases), localizada em Cariacica-Sede.

As atividades foram iniciadas nesta semana e prosseguem durante todo o mês com o objetivo de estimular as habilidades, a convivência social e comunitária, além de promover o convívio, o lazer, a promoção da saúde e do bem estar entre as socioeducandas.

Oficina de pipas

Uma das oficinas iniciadas nesta semana é de pipas que tem cunho pedagógico e recreativo. Sob a coordenação das oficineiras Thassia Andrade e Nilza Cipriano Coutinho, as adolescentes aprenderam técnicas de confecção das pipas, que utilizam linhas e papel de seda, e estão utilizando de muita criatividade para personalizar as pipas.

“Essa oficina está sendo bem aceita pelas socioeducandas, pois resgata uma brincadeira de infância e estimula o aprendizado de uma técnica simples e artesanal. É muito interessante ver como as meninas se interessam pela brincadeira e se empolgam ao lembrar que faziam isso quando eram criança ou ainda que nunca soltaram pipas e agora estão aprendendo e tomando gosto pela brincadeira. É uma forma terapêutica de resgatar a infância de algumas meninas que vemos no dia a dia que de certa forma se perdeu ou nem existiu”, disse a pedagoga da UFI, Frantieska Azevedo Monteiro. A previsão é de que na próxima semana, as adolescentes participem de uma atividade recreativa na unidade para soltar as pipas.


Oficina de música

Já a oficina de música, que já vem sendo desenvolvida na Unidade ao longo do ano, ganhou uma nova atividade nesta semana. Para incrementar as aulas que já contam com o aprendizado de instrumentos como violão e bateria, agora as meninas estão aprendendo a utilizar o contrabaixo. A oficina também é coordenada pela oficineira Thassia Andrade.

“O novo instrumento despertou ainda mais o interesse das adolescentes pela música. Utilizamos o contrabaixo para acompanhar duas adolescentes que cantaram um louvor e tocaram juntas com contrabaixo, violão, bateria e voz. A proposta, segundo a oficineira, é ensaiar um louvor para ser cantado e tocado no mês de agosto, em uma apresentação comemorativa do Dia dos Pais”, disse Frantieska.

O interesse das adolescentes pela música também já ultrapassou os muros da unidade. Atualmente, duas socioeducandas estão fazendo um curso de teoria musical na Escola de Artes e Cultura Fafi, em Vitória.

“Pretendemos abrir mais turmas e incluir outros instrumentos, como por exemplo, a flauta. As meninas gostam tanto deste instrumento que a Unidade está aceitando doações”, disse Frantieska.

Beat Box e Cinema

Oficineiros voluntários também têm contribuído para a jornada pedagógica das adolescentes da Unidade Feminina. Nesta semana, as adolescentes estão recebendo na unidade os voluntários Fabricio Almeida Salles e Leonara Gonçalves Ribeiro, que estão ministrando uma oficina de música diferenciada que utiliza a técnica do Beat Box, que é a arte de produzir sons de bateria com a voz, boca e nariz.


“As adolescentes ficaram encantadas com a oficina e já aprenderam técnicas de imitação de sons de avião, efeitos de DJ´S, batidas de Hip Hop e simulação de vários instrumentos musicais. As socioeducandas cantaram, dançaram, aprenderam a técnica e perceberam que a cultura do Beat Box pode ser também aprendida e reproduzida por elas como arte e uma forma saudável de se expressar, extravasando sentimentos e emoções”, disse Frantieska.

Já a oficina de cinema, foi ministrada pelo voluntário Marcus Vinicius da Cunha Rocha que levou para a unidade o projeto “Cine Kbeça” que contou com a exibição do curta metragem “Vida Maria” que conta a história da infância de uma personagem, que gosta de “desenhar palavras” e é repreendida pela mãe.

“De forma brilhante, o curta mostra a repetição deste ciclo passando ao menos por três gerações. Assim, com toques de humor, o vídeo consegue falar sobre a triste situação sócio-econômica vivida por muitas gerações e nos permite muitas reflexões, como por exemplo, a responsabilidade dos pais pelas crianças de estimular o conhecimento e a diferença entre sonho e realidade. As adolescentes conseguiram entender o objetivo da oficina e debateram muito sobre suas histórias de vida”, disse Frantieska.

Artesanato

Já na oficina de artesanato, as adolescentes estão aprendendo a técnica de biscuit. Sob a coordenação da oficineira Rozangela Vicente de Souza, as adolescentes estão decorando vidros de temperos, pimenta, mel, sal e soltando a imaginação na confecção de outras peças.


“As adolescentes poderão escolher uma das produções para presentear os familiares. Com esta ação, as adolescentes demonstram o que está sendo feito na unidade e incentiva os vínculos das socioeducandas com suas famílias. Além disso, a arte do biscuit é muito procurada pelas adolescentes, pois o trabalho manuseado com as mãos funciona como uma terapia”, disse Frantieska.

A Unidade Feminina está fazendo uma campanha de arrecadação de vidros com tampas e também aceitando encomendas de biscuits. Interessados devem fazer contato com a pedagoga Frantieska Azevedo Monteiro no telefone: (27) 3284.6925.

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