Socioeducadores da Unidade de Internação Provisória Regional Norte, do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), localizada em Linhares, participaram, nesta semana, de mais um Ciclo de Capacitação Continuada, que nesta quarta etapa trabalhou o tema: “Justiça Restaurativa”.
A capacitação está sendo realizada de forma continuada desde o mês de fevereiro com o objetivo de aprimorar, qualificar e integrar os funcionários na dinâmica funcional do atendimento aos adolescentes em conflito com a lei.
Coordenada pela gerente do escritório Regional Norte do Iases, Maria Cândida Gomes Bromatti, a discussão sobre Justiça Restaurativa, abordou assuntos relacionados ao tema, desde o conceito, as metodologias e as práticas restaurativas, que visam promover o diálogo acerca das problemáticas e dificuldades no processo socioeducativo.
Para a gerente do Iases, Maria Candida Bromatti, a discussão sobre o tema é de grande importância para o atendimento socioeducativo. “O tema despertou o interesse dos profissionais. A Justiça Restaurativa nada mais é do que a democratização na restauração das relações humanas, visto que, quando oportunizamos as partes, o direito de se apropriarem de suas dores, responsabilidades, direitos e compromissos, garantimos a possibilidade do diálogo, da restauração e de um recomeço”, disse.
Parceria
A promoção de discussões e capacitações sobre Justiça Restaurativa é uma das ações pactuadas em um protocolo de intenções celebrado entre Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Iases, e o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), que visa o desenvolvimento de projetos sobre a Justiça Restaurativa nas escolas da rede pública estadual e nas unidades de atendimento socioeducativo.
Unidades Regionais Norte
A gestão das Unidades Regionais de Internação Provisória e de Internação Norte do Iases é realizada de forma compartilhada entre o Iases e a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), por um contrato de gestão firmado entre a organização social e o Governo do Espírito Santo.
O atendimento aos adolescentes em conflito com a lei é realizado com base na metodologia do Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC), um programa de atendimento diferenciado que tem como objetivo oferecer intervenção integral aos adolescentes em conflito com a lei e com suas famílias, por meio de processos pedagógicos, socioterapêuticos, sistêmicos e reflexivos que permitam sua reabilitação e readaptação, ampliando também as possibilidades de desenvolvimento.
Saiba mais sobre Justiça Restaurativa:
O que é Justiça Restaurativa?
É um novo modelo de justiça, focado nas relações pessoais prejudicadas pela infração, suas consequências e danos, e não na definição de culpados e punições. A Justiça Restaurativa valoriza a autonomia das pessoas e o diálogo entre elas, criando oportunidades para envolvidos e interessados (ofensor, vítima, familiares, comunidades) se expressarem e interagirem. Assim, viabiliza a criação de ações que possibilitam prevenir a violência e lidar com suas implicações.
Qual o objetivo da Justiça Restaurativa?
A Justiça Restaurativa visa pacificar conflitos e tensões sociais gerados por violências, crimes ou infrações. Para tanto, faz o uso de procedimentos que têm como objetivo promover responsabilidade, permitir a restauração das relações e reparar os dados causados, evitando, assim, a propagação da violência.
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Texto: Daiane Delpupo