Expressões artísticas da cultura capixaba, como o Congo, da cultura afro e do Hip-Hop estarão representadas pelos olhares e pinturas dos adolescentes do Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE), do Instituto Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). A exposição será realizada nos próximos dias 16 e 17 de julho, em Tucum, Cariacica.
A exposição “Arte Alternativa” contará com quinze telas de pintura, nove máscaras de Congo, três obras de arte conceitual sobre expressões históricas e seis grandes paineis da arte do grafite. Todas as produções foram confeccionadas pelos adolescentes e terão legendas explicativas acerca dos conceitos, sentidos e processo de produção de cada arte.
Coordenados pela professora de artes, Geisa Katiane da Silva, 40 adolescentes trabalharam nas produções durante dois meses, e tiveram a oportunidade também de estudar acerca da cultura dos afros descendentes, sobre a história da arte, das características culturais e artísticas do Espírito Santo, além de aprenderem técnicas de pintura e grafitagem.
De acordo com a professora de artes, Geisa Katiane da Silva, o objetivo da exposição foi promover o conhecimento e estimular o gosto dos socioeducandos pela arte. “Durante estes meses foram trabalhados temas importantes do mundo artístico, levando em consideração a importância do aprendizado cultural na vida de cada um dos adolescentes que descobriram talentos, pois obras de arte não são feitas apenas por grandes pintores, mas também por grafiteiros e congueiros”, disse.
CSE
O CSE é uma unidade do Iases que realiza atendimento aos adolescentes em conflito com a lei, em cumprimento de medida socioeducativa de internação. Tem como base o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC), aplicado por profissionais da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), por meio de um contrato de gestão compartilhada.
O programa de atendimento tem como objetivo oferecer intervenção integral aos adolescentes em conflito com a lei e com suas famílias, por meio de processos pedagógicos, socioterapêuticos, sistêmicos e reflexivos, que permitam sua reabilitação e readaptação, ampliando também as possibilidades de desenvolvimento social e econômico.
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Texto: Daiane Delpupo