Os desenhos produzidos por dois socioeducandos que cumprem medida socioeducativa na Unidade Internação Metropolitana (Unimetro) agora estão expostos para todas as pessoas que passam pela Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Francelina Carneiro Setubal, em Coqueiral de Itaparica, Vila Velha.  Isso porque, eles foram os vencedores de um concurso de desenhos realizado pela escola e a unidade.

No último dia 18 de maio, os socioeducandos tiveram a oportunidade de visitar a escola para verem suas criações materializadas e conhecerem os professores e os funcionários que atuam na unidade escolar.

“Participar do projeto foi uma inspiração muito louca. No começo, não levamos a sério, mas depois começamos a nos dedicar e demos nosso melhor e conseguimos. Fui criando mais ou menos em minha cabeça e fui passando para o papel e foi ficando legal. Gostei muito, ainda mais por ter sido o vencedor. Trabalhar em dupla foi uma experiência muito boa eu e meu amigo fomos uma bela dupla e nos demos muito bem. Ver o meu desenho no muro da escola foi o melhor prêmio de todos. Foi uma satisfação enorme poder ver uma obra de arte criada por mim em um muro”, disse o socioeducando de 20 anos campeão do concurso.

O outro socioeducando que também teve sua obra de arte exposta no muro da escola explicou sobre a inspiração que teve para criar o “Anjo”.  “O Anjo com a espada na mão simboliza a defesa, já as favelas com campo de futebol simbolizam lazer e paz nas comunidades. Participar do projeto foi uma experiência nova e muito inspiradora. Assim como o trabalho em dupla que ajudou muito a alcançar os nossos objetivos. Visualizar o desenho no muro da escola foi surpreendente”, relatou o jovem de 19 anos.

“Ficamos muito felizes em ser a unidade escolhida para participar desse concurso. Os socioeducandos concorreram internamente e o muro da escola ficou muito lindo!”, disse a gerente da Unimetro, Lorena Carvalho Nicoline.

Mais ações

Ainda no mês maio, a Unimetro promoveu um círculo de luto em apoio a um socioeducando e seus familiares, que enfrentavam o recente falecimento de um ente querido.  Sob a condução da assistente social Dayane Piske de Medeiros e da psicóloga Aline Kely Gondim dos Reis Brum, o círculo permitiu que o socioeducando, mesmo em regime de privação de liberdade, encontrasse algum alívio na companhia de sua família durante o processo de luto.

“Com o objetivo de proporcionar um espaço de reflexão e acolhimento, a instituição buscou oferecer suporte emocional diante dessa experiência dolorosa”, afirmou gerente da Unimetro, Lorena Carvalho Nicoline.

Texto: Fernanda Pontes

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