24/01/2024 16h42 - Atualizado em 24/01/2024 16h43

Socioeducandos da Unip I participam de Oficina de Pipas

Uma proposta inovadora e que está se destacando como uma ferramenta pedagógica que vai além da diversão. Assim é a Oficina de Pipa "Na Linha da Liberdade", um projeto que está sendo desenvolvido com os socioeducandos daUnidade de Internação Provisória I (Unip I)Criada pelos técnicos de referência do Núcleo de Atendimento ao Egresso (Nuae), a atividade visa a promover uma reflexão sobre a vida dos participantes, por meio de uma metodologia lúdica.

O psicólogo socioeducativo Pedro de Oliveira Lorenzoni, um dos responsáveis pela atividade, destaca que a construção vai além da montagem, pois ensina a importância dos materiais e aplica conceitos de física na aerodinâmica da pipa. “É uma atividade colaborativa que desenvolve não apenas habilidades manuais, mas valores como cooperação e respeito às normas sociais”, disse.

A oficina é dividida em duas etapas: construção da pipa e soltura da pipa. Na etapa de soltar a pipa, Pedro Lorenzoni ressaltou que o momento transcende a mera recreação. “É uma oportunidade única de reflexão sobre a vida. Assim como na escolha dos materiais para construir uma pipa, nossas escolhas na vida são essenciais para determinar nossa trajetória. Controlar a pipa não é apenas uma habilidade física, mas um exercício de coordenação motora fina, atenção concentrada e paciência. Essas habilidades, desenvolvidas durante a oficina, tornam-se metáforas poderosas para os desafios diários que enfrentamos”, destacou.

Ainda segundo Pedro Lorenzoni, a escolha cuidadosa dos materiais na construção da pipa reflete as escolhas que fazemos em nossas vidas. "Cada pedaço escolhido, cada detalhe considerado, molda a trajetória da pipa no céu. Da mesma maneira, nossas escolhas moldam nossa jornada, influenciando diretamente nosso caminho e determinando o alcance de nossas conquistas", avaliou o psicólogo.

Além do desenvolvimento motor e cognitivo, a oficina tem relevância pedagógica, contribuindo para a construção de vínculos e confiança entre os participantes. Para a assistente social socioeducativa Camilla Leite Cruz, a necessidade de trabalhar em equipe é crucial para o sucesso da tarefa. “Observamos o desenvolvimento da coordenação motora fina, atenção concentrada e paciência. Da mesma forma que equilibramos a linha da pipa para mantê-la no ar, enfrentamos os desafios da vida com equilíbrio, paciência e concentração”, disse.

Para Camilla Leite Cruz, a soltura da pipa não é apenas um ato de lazer, mas também um momento de reflexão profunda sobre as escolhas que fazemos e como elas moldam nossa jornada em busca da liberdade. “A pipa, dançando no céu, torna-se um símbolo de como, com as escolhas certas e o equilíbrio adequado, podemos alcançar alturas impressionantes na vida, superando desafios e encontrando a verdadeira liberdade”, declarou.  

A abordagem lúdica motiva a adesão ao Programa de Atendimento aos Egressos do Sistema Socioeducativo (Paesse), tornando o aprendizado mais atrativo. Segundo Pedro Lorenzoni, a metodologia adotada segue princípios como a pedagogia freireana, buscando a conscientização dos socioeducandos sobre a própria realidade. “A aprendizagem baseada em projetos e a abordagem hands-on proporcionam uma experiência de aprendizado contextualizada e relevante”, frisou.  

Texto: Fernanda Pontes

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