Para lembrar o Dia do Trabalho – comemorado nesta quarta-feira (1º de maio), as adolescentes da Unidade Feminina de Internação (UFI), em Cariacica, participaram de um ciclo de debates sobre profissões na tarde de ontem e, no decorrer do evento, puderam interagir de forma descontraída com os convidados presentes - escolhidos por serem referências no Espírito Santo nos setores em que atuam.
O encontro reuniu representantes das áreas artística, cultural, política e de saúde. Durante as palestras, os profissionais apresentaram às socioeducandas todas as informações e particularidades sobre as carreiras que resolveram seguir. As palavras de apoio e incentivo levaram as meninas à reflexão. Uma delas, inclusive, revelou que está ainda mais motivada a realizar seu sonho: ser advogada.
“Quando sair quero fazer Direito e me tornar advogada. Já vi como eles trabalham e acho muito bonito. Aí acompanhei o pessoal falando do que eles fazem e achei inspirador para que eu continue acreditando que é possível para mim. Por que não? Também quero ter uma profissão e mostrar para todos que eu mudei. Aí vou seguir meu caminho indo a uma faculdade e futuramente trabalhando como advogada”, declarou “D”, de 17 anos.
Diariamente, as adolescentes participam de atividades, oficinas e projetos pedagógicos que as ajudam a entender como os mais variados tipos de trabalho funcionam. Dessa forma, ampliam as possibilidades e opções de escolha para quando deixarem a unidade.
“É inspirador para gente entender sobre profissão e cidadania. Eu vejo as pessoas falando e aprendo bastante. Quando sair, quero mostrar que existe mudança. Quero estudar e fazer com que as pessoas apaguem aquela imagem que tinham de mim antes. Espero que todas elas tenham orgulho de mim. Estamos aqui refletindo sobre o que fizemos e vou provar que posso ser diferente. Eu penso assim”, concluiu “D”.
Incentivadora do processo de ressocialização, a atriz capixaba Claudia de Paulo comentou que aceitou o convite para conversar com as internas, pois acredita na capacidade profissional de cada uma delas.
“Acredito que é possível mudar o comportamento por meio da educação, da cultura, e da família. Esse tripé abre nossas mentes para um horizonte infinito de possibilidades. E elas podem transformar a história delas. As orientações que as meninas recebem aqui servem para que mudem e vençam na vida. Muitas acham que fazer uma faculdade, ter uma profissão está longe delas. Mas não. Todos temos capacidade para alcançarmos nossos objetivos”.
Ressocialização
De acordo com a pedagoga Talita Duarte, o seminário de profissões faz parte do cronograma de eventos previstos no programa de ressocialização das adolescentes. Ela avalia que a interação com profissionais de áreas diferentes leva as socioeducandas a abrir a mente para o trabalho e as responsabilidades.
“Como comemoramos o Dia do Trabalho no dia 1º de maio, pensamos em trazer pessoas com profissões diferentes e que se encaixam no perfil delas. Isso é o que realizamos aqui o tempo todo. Ou seja: estimulamos as meninas a aproveitar os programas que desenvolvemos de forma que possam aplicá-los quando voltarem para convívio social. Elas devem acreditar que são capazes de seguir qualquer área e trabalhar com vontade para serem excelentes profissionais”, avaliou.
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