Agora é a vez dos socioeducandos da Casa de Semiliberdade de Vila Velha participarem de aulas de jiu-jitsu.  A iniciativa é fruto de uma parceria com o Centro de Referência das Juventudes (CRJ) que atende à região onde está localizada a unidade do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases).

As aulas estão sendo oferecidas por um professor graduado e acontecem duas vezes nas dependências da unidade. “ A prática desse esporte vai além do ensino de defesa pessoal. Ela contribui significativamente para o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima dos participantes, promovendo a melhoria da saúde mental e do condicionamento físico. Além disso, oferece fortalecimento emocional e estratégias para lidar com a ansiedade e o estresse, que muitas vezes afetam aqueles que estão privados de liberdade”, disse o professor Gabriel de Jesus.

Vale ressaltar que a oficina também está aberta aos servidores. Entre os participantes, está o psicólogo da unidade, Rugde Vigato. “ Essa é mais uma forma de participar ativamente junto com os socioeducandos, estabelecendo uma presença educativa e fortalecendo os vínculos e relacionamento com eles”, avaliou.

Rugde Vigato informou que, inicialmente, as aulas eram oferecidas apenas uma vez por semana. “No entanto, devido ao entusiasmo demonstrado pelos socioeducandos e aos benefícios claros que o Jiu-Jitsu trouxe eles, solicitaram a ampliação das aulas para duas vezes por semana, potencializando assim seu aprendizado e paixão por essa arte marcial. Estamos recebendo muitos feedbacks positivos sobre essa atividade”, concluiu o psicólogo.

Mais jiu-jitsu 

A modalidade também está sendo oferecida na Casa de Semiliberdade da Serra.  Por meio do projeto “Arte da Luta", liderado pelo professor de artes marciais Matheus Paoliello, os socioeducandos estão aprendendo sobre a arte marcial do jiu-jitsu e resgatando valores como cidadania, ética e respeito.

 A coordenadora da Casa de Semiliberdade da Serra, Priscilla Cristiane de Souza Pessoa, informou que, em conversa com a coordenação da Unidade, o professor que é mestre e faixa preta em jiu-jitsu, conceituado competidor de diversas modalidades marciais e tem formação acadêmica, iniciou as aulas sem custos. “O projeto usa o esporte como veículo para resgatar crianças e adolescentes que vivem em áreas de vulnerabilidade e melhorar a qualidade de vida dos jovens em cumprimento de medida socioeducativa facilitando sua trajetória de vida para um retorno mais seguro e estável a família”, disse. 

Texto: Fernanda Pontes

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